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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Introdução em Portugal da ordem de Santiago

A ordem de Santiago foi fundada por Fernando II em 1170 em Cacéres, mas acabou por fixar a sua sede em Uclés em território de Castela

A sua introdução em Portugal está documentada em data próxima do ano de 1172, tendo desempenhado parte activa e de relevo no episódios que se iriam seguir na Reconquista.

A regra que seguiam era a de Santo Agostinho e muito embora a bula papal recomendasse o celibato, o certo é que ao contrário de Císter, os seus membros não eram obrigados aos voto de castidade, pois a sua carta fundadora pragmaticamente defendia ser melhor "casar do que viver consumindo-se pelas paixões ".

Só na pobreza e obediência, os seus votos se assemelhavam às outras ordens.
A tese do "negócio em pacote", entre Fernando II e o papa Alexandre III, é colocada como hipótese bem plausível por alguns historiadores, dado envolver na mesma época, a separação de Fernando II de Leão e de Urraca, filha de D.Afonso Henriques, a criação da bula de autorização para a criação desta ordem e a concessão do bispado a Ciudad Rodrigo.

Consubstanciava-se assim o poder do rei leonês, pronto para encetar de novo o movimento de Reconquista.

Curiosamente, ou talvez não logo em 1172, ainda a Ordem de Santiago não tinha sido confirmada pelo Papa, o que viria a acontecer somente em 1175 e já D.Afonso Henriques a reconhecia, doando lhe importantes possessões nomeadamente Almada, Alcácer e Palmela, que viria a tornar-se a sede da ordem.

Um foral dado aos habitantes de Monsanto em 1174, já depois do castelo ter sido retirado aos Templários que o haviam reconstruído como disse anteriormente em 1170 e concedido aos de Santiago, é um facto que vem salientar esta preferência súbita que a coroa portuguesa demonstrou, pela ordem hispânica de Santiago, criada por iniciativa do rei leonês.

Qual a razão ? A resposta, escapa-se ao meu entendimento, ficando apenas suposições, entre a estratégia de nos associar à força que se avizinhava forte na Reconquista, ou a continuação do esforço consolidação defensiva e povoamento, como se percebe nortear a concessão por essa altura de forais a muçulmanos livres de Lisboa e outras povoações ao sul do Tejo.

Os Cavaleiros de Santiago, chamados de Santiaguistas ou Espatários (por ser o seu símbolo uma espada em forma crucífera – ou uma cruz de forma espatária, dependendo do ponto de vista

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